Entenda a doença que é uma das mais comuns em calopsitas
Calopsita Doente |
Essa é uma das doenças mais comuns em aves e as nossas amada calopsitas não ficam de fora. Então, precisamos estar sempre atentos aos sintomas até porque a clamidiose é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para nós, humanos.
Nos humanos o tempo de incubação em humanos é de 5 a 15 dias, e os sintomas são parecidos com os de uma gripe: febre alta, tosse, dores de cabeça e calafrios, mas pode piorar e causar ainda dores nas costas, no tórax, dor abdominal, meningite e síndrome de Guillain-barré.
Nas aves pode ser fatal !
A transmissão da ave para os humanos ocorre por contacto direto entre ambos ou pela inalação de partículas presentes na urina ou poeira das penas.
Como a Calopsita pega essa doença?
Isso pode acontecer antes mesmo de você adquirí-la. A contaminação pode ocorrer já no ninho, através da regurgitação alimentar. Outra forma é a exposição da mesma a ambientes com a presença de aves silvestres. Por isso é sempre importante manter a nova ave separada das já presentes na casa, além de fazer quarentena para se certificar de que ela não oferece risco para humanos e outros animais.
Sintomas nas Calopsitas
Algumas calopsitas podem viver muitos anos sendo portadoras sem apresentarem qualquer tipo de sintoma.
Os problemas surgem quando o sistema imunitário da ave está em baixo. Os sintomas de clamidia em calopsita podem ser:
- Diarreia ou fezes aguadas
- Conjuntivite e secreções oculares
- Espirros e corrimento nasal
- Apatia
- Anorexia
- Perda de peso
- Sonolência
Os sintomas de clamídia em calopsita são pouco específicos e, para além disso, diferentes órgãos podem ser afetados, como o fígado, baço, sistema respiratório e trato gastrointestinal. Por, isso é imprescindível que você consulte o seu médico veterinário de confiança se observar alguma mudança comportamental na sua ave.
Diagnóstico Em Calopsitas
Uma vez que os sinais clínicos da clamidiose em aves são pouco específicos, o diagnóstico se torna mais complicado de fazer. São necessárias provas laboratoriais para confirmar que se trata desta doença.
O seu médico veterinário pode se auxiliar das seguintes provas para chegar ao diagnóstico definitivo de clamidiose em calopsitas:
radiografiaultrassomanálise das enzimas hepáticascontagem de leucócitos
Embora sejam mais dispendiosos e geralmente é necessário um laboratório externo à clínica, existem métodos laboratoriais que permitem isolar a C. psittaci. Um dos métodos mais fiáveis de diagnóstico é a detecção direta do DNA da chlamydophila através da técnica PCR.
Como tratar ?
Se a sua calopsita tem clamidiose, o tratamento veterinário é essencial. Existem diferentes protocolos de tratamento para a clamidiose e o médico veterinário irá escolher aquele que melhor se adequar ao caso da sua calopsita.
O tratamento mais comum é feito com antibioterapia que pode ser oral, solúvel em água ou injetável. Se você tem apenas uma calopsita, é provável que a escolha de eleição seja a injetável, devido à sua eficácia. Porém, se você tem um viveiro de calopsitas, a opção solúvel pode ser mais prática, embora seja difícil controlar a quantidade de água que cada ave bebe.
A região ocular é muitas vezes afetada pela clamídia. Caso você tenha uma calopsita com conjuntivite, o médico veterinário pode receitar umas gotas de antibiótico para aplicar diretamente nos olhos da ave.
Para além do tratamento antibiótico para eliminar a bactéria, podem ser necessários outros tratamentos para aliviar os sintomas.
A duração do tratamento e o prognóstico são muito variáveis e dependem principalmente de quão cedo for detectada a clamidiose em calopsita.
Se você tem um viveiro com muitas aves, separe as aves que têm sinais clínicos das restantes até finalizar o tratamento.
Geralmente, após 45 dias de tratamento as aves devem voltar a ser testadas.
Prevenção da clamidiose em aves
Como já referimos, as aves podem transmitir esta bactéria a outras aves através de secreções nasais, orais ou pela fezes. Por esse motivo, é essencial manter o ambiente das aves sempre limpo.
Em viveiros com muitas aves, o risco de existir clamidiose é muito superior e os cuidados devem ser redobrados. A limpeza regular deve incluir os bebedouros e comedouros, não apenas a zona onde existem dejetos.
Outra medida de prevenção é o controle do número de aves no viveiro. Uma densidade populacional elevada, aumenta os riscos de clamidiose e torna mais difícil manter tudo higienizado, para além de que as aves têm menos qualidade de vida.
Sempre que você adotar uma nova calopsita, faça uma quarentena antes de a juntar com outras aves. Desta forma você garante que detecta qualquer sinal clínico antes de arriscar transmitir alguma doença às outras aves saudáveis.
Não se esqueça de visitar regularmente um médico veterinário de animais exóticos. Não são apenas os cachorros e os gatos que precisam de cuidados veterinários. Nas aves, as visitas regulares também permitem que qualquer alteração ou problema seja identificado precocemente, melhorando o prognóstico.
Sugerimos-lhe que leve o seu animal de estimação ao veterinário no caso de apresentar qualquer tipo de condição ou mal-estar.
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