Previna-se. A maioria dos acidentes com calopsitas podem ser evitados com medidas simples
Calopsita
Infelizmente, além dos infortúnios que a calopsita passa ao escapar da gaiola por negligência do seu dono, ainda continua sendo costumeiramente acometida pelas consequências de acidentes domésticos. Geralmente o alvo são as calopsitas domesticadas que, principalmente, vivem soltas pela casa, com asas aparadas ou não.
A calopsita tem, por natureza, comportamento desconfiado e se assusta facilmente com um barulho inesperado, um movimento brusco, voando em direção ao que considera mais seguro, ou muitas vezes sem direção, e aquelas que principalmente não têm um ponto de sustentação (asas mal aparadas) ou não tem habilidade para voar e desviar de objetos, acabam caindo dentro de uma panela com água, óleo, um balde com água sanitária, etc.
Não vou colocar fotos aqui de aves machucadas porque acredito que assim como me choca e me deixa triste, isso deverá ter o mesmo efeito sobre todas as pessoas que amam esses animais.
Mas vou citar os principais tipos de acidentes domésticos que podem acontecer com as calopsitas, para que todos os tutores possam ser capazes de evitá-los.
Vamos lá!
Calopsita que cai em : ÁGUA QUENTE, ÓLEO FRIO, ÓLEO QUENTE
Jamais deixe sua calopsita solta na cozinha quando estiver cozinhando, mesmo que ela esteja com as asas aparadas. Um toque de campainha, um sirene na rua, alarme ou até mesmo o som de um outro pássaro podem assustar sua ave e mesmo com a asa cortada ela poderá alcançar uma panela, frigideira ou um fogo aceso.
Pisar na Calopsita ou sentar na Calopsita
Infelizmente é um tipo de acidente muito comum. As calopsitaas são curiosas, adoram andar atrás de seus tutores, e são rápidas... uma hora estão aqui, outra ali. Como são pequeninas, esse tipo de acidente pode ser dos mais fáceis de acontecer com quem cria suas aves soltas. Muito, muito cuidado. Todo o cuidado ainda é pouco. Procure não deixar sua calopsita andando pela casa quando você estiver ocupado(a) com outra coisa, pois basta uma distração e um acidente fatal pode acontecer.
TORÇÃO DAS PATAS
Isso também pode ocorrer com filhote novinho que ainda não tem um bom equilíbrio e é colocado em gaiola com a grade de chão, propiciando pisar em falso e acabar com torção da patinha.
Quando ocorre torção, fratura ou corte, o pássaro evita a todo custo apoiar a pata machucada no chão e andam mancando, porque sente dor, independentemente da gravidade. Nesse caso, a ave costuma ficar bem amuada, e a recuperação pode levar alguns dias. A calopsita ficará mancando e, para ajudá-la na recuperação, recomendo :
1) abaixar os poleiros (para permitir que a ave consiga, tenha mais facilidade, em subir no mesmo);
2) retirar a grade do chão da gaiola (se houver, claro), deixando a ave pisar diretamente no fundo da gaiola;
3) deixar o alimento e água bem à mostra;
4) evitar situações que permitam que a ave caia novamente e venha a piorar o quadro clínico (andar com a ave no ombro, evitar que a ave se assuste, etc.);
5) pomada de arnica sobre o local, camada bem fina, como medida de emergência imediata.
6) pode oferecer Arnica Montana 12CH glóbulos (encontra apenas em farmácias homeopáticas), 3 (bebedouro pequeno) a 5 glóbulos (bebedouro grande), não usar o produto em gotas porque a diluição é feita em álcool e as aves não bebem, caso a ave esteja bem sentindo muita dor (a ave fica amuada, sem querer se mexer muito) pode diluir uma gota de dipirona em uma colher de sopa de água, e dessa mistura oferecer ao pássaro de uma a duas gotinhas no bico, de 6 em 6 horas.
obs.: É importante o veterinário avaliar o pássaro para saber se é apenas torção ou pode ser uma fratura, pois neste caso existe a necessidade de colocar uma tala.
Corte corretamente a asa de sua calopsita para evitar esse tipo de acidente.
FRATURA DAS PATAS
O procedimento é verificar se o pássaro consegue mexer os dedos, mesmo que só um pouco, pois em caso positivo as chances de não ter havido fratura aumentam.
Se você perceber que a ave sente muita dor (fica arrepiada, amuada, sem querer se mexer muito) pode ser misturada uma gota de dipirona em uma colher de sopa de água, e dar de uma a duas gotas no bico de 6 em 6 horas.
Leve sua calopsita a um veterinário para avaliação, pois quando ocorre fratura é necessário reposicionar o osso e utilizar tala antes que o osso comece a cicatrizar.
A calopsita é um ave que se assusta facilmente, por sua própria natureza. Quando isso ocorre, a ave pode se debater na gaiola, ou se estiver fora dela, bater contra a parede, vidro da janela, etc., dessa forma vindo a machucar partes de seu corpo. Isso pode ocorrer tanto em aves mansas ou não.
Geralmente são as asas que são as mais atingidas. Quando há penas em crescimento nas asas, esses canhões acabam se quebrando e sangram. A calopsita com asa aparada é a mais susceptivel, isso porque quando nasce uma pena nova no meio de penas cortadas, quebrá-la é muito fácil.
Em situações que o sangue não pára imediatamente por si só, é necessário estancá-lo comprimindo a região com um algodão seco ou gase. Quando a ave está machucada, mesmo assim ela ainda pode continuar a se debater dentro da gaiola querendo fugir de nosso contato, portanto, é importante mensurar se vale a pena realmente a pena pegá-la nesse momento ou aguardar até o estresse diminuir e ficar mais calma, principalmente se tratando de ave arisca. Temos que pensar que quanto mais rápido a calopsita voltar ao seu comportamento normal (alimentar-se, movimentar-se na gaiola) mais rápido também é sua recuperação.
Quando for pouco sangue e o machucado superficial, limpe a região com algodão umedecido em água morna ou soro fisiológico), deixe secar e passe um antisséptico para não infeccionar.
Depois de alguns dias, é adequado verificar se há canhão inflamado (com sangue no seu interior) pois a ave fica incomodada, bicando a asa com frequência, porque sente dor), nesse caso deve se arrancado e o folículo (a região da pele de onde sai o canhão), que provavelmente também está inflamado, deve ser tratado com medicamento adequado (costuma-se usar pomada cicatrizante). Só devemos arrancar os que estiverem inflamados e incomodando a ave
Remover penas das asas sempre vem acompanhado de sangramento. Por isso, é sempre bom envolver (imobilizando) a ave com uma toalha, deixando somente a asa descoberta e, com o auxílio de uma pinça, puxar a pena de uma única vez, deixando ao lado pedaços de algodão para pressionar levemente por alguns instantes a região e ajudar na limpeza do local.
Indico a você levar a ave a um veterinário para melhor avaliação da região machucada.
Com o objetivo de minimizar essas ocorrências, oriento evitar situações que a ave possa vir a se assustar, como por exemplo: animais por perto, movimentos rápidos, gritos, uso de chapéu e óculos escuros, etc.
FRATURA NAS ASAS
Para uma melhor avaliação, é necessário realizar raio X do membro. A formação do calo ósseo depende do local da fratura na asa e o estado das pontas do osso quebrado. Dependendo do caso, uma simples imobilização pode resolver o problema, mas muitas vezes torna-se necessário cirurgia para a colocação de pino ou fixador externo.
Caso nada seja feito, ou se for adotada a técnica errada, ou se o procedimento for feito de modo incorreto, a asa ficará caída e impedirá da ave voar plenamente.
Sempre é bom relembrar algumas regras para quem tem calopsita e que fica livre andando pela casa. A ave pode bicar algo tóxico (plantas venenosas), ingerir materiais que encontrar, e em muitos casos pode ser fatal. Mais uma vez aviso a todos que precisamos ficar atentos 100% do tempo quando a ave estiver solta pela casa, e isso implica dispor do tempo apenas para ela, e dessa forma evitarmos os acidentes domésticos.
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