Doenças mais comuns em calopsitas e outros psitacídeos
Psitacose, Chlamidiose ou Febre dos psitacídeos
Doença causada pela bactéria Chlamydia psittaci. Nas aves, a infecção pode ser aguda ou crônica. Os casos crônicos são difíceis de diagnosticar; uma ave pode incubar a bactéria por anos, de modo assintomático, aparentemente saudável. Por vezes, podem mostrar-se sonolentas, com perda de apetite e asas sem brilho, opacas. Nos casos agudos, o pássaro fica doente de repente, com olhos irritados e vermelhos (conjuntivite), anorexia (perda de peso, podendo chegar até a quadros de peito seco) e diarréia verde.
Ainda, pode desenvolver problemas respiratórios (dificuldade em respirar, espirros), letargia, problemas hepáticos, aumento do baço e até morte. A bactéria é altamente contagiosa, sendo transmitida por via aérea, via fezes e fluídos respiratórios (a bactéria consegue sobreviver em partículas por um bom tempo até ser inalada por outro animal).
A transmissão é aumentada pelo contato direto com pássaros doentes ou infectados.
Pássaros jovens e estressados (doentes, em nova dieta ou em mudança) são os mais susceptíveis. O tratamento, se feito corretamente, tem altas chances de cura, e é feito a base de antibiótico tetraciclina (oxitetraciclina, doxiciclina, vibramycin), durando 45 dias. Durante o tratamento, qualquer fonte de cálcio deverá ser eliminada. Um ponto a destacar é que a psitacose é uma zoonose, ou seja, pode afetar o ser humano.
Apesar de ser muito raro, pode atacar pessoas imunodeprimidas, como idosos, crianças, doentes, aidéticos ou grávidas.
Giardíase
Resulta em indigestão, diarréia, pele vermelha, seca e escamosa, coceira e depenação.
Aspergillosis
Doença causada por um fungo, Aspergillus fumigatus, que produz endotoxinas responsáveis pelo desenvolvimento dos sintomas. Quando os esporos do fungo entram no sistema respiratório da ave, causam graves infecções respiratórias.
Essa doença pode ser fatal, principalmente em aves imunodeprimidas. Os esporos do fungo são transmitidos por alimentos, solo ou ar. Pássaros saudáveis, não estressados, são muito resistentes. Mas aves jovens ou velhas, tomando medicamentos, imunodeprimidas, em reprodução ou qualquer outro tipo de estresse são muito suscetíveis.
Os sintomas incluem esforço para respirar, respiração acelerada, mudanças na voz, fezes anormais, regurgitação, perda de apetite, aumento da sede, definhamento, diarréia, anorexia, secreção nasal, conjuntivite, dispnéia, sonolência e lesões internas nos órgãos respiratórios.
O tratamento é feito à base de antifúngicos (como amphotericin, flucytosine, fluconazole, itraconazole) e imunoestimulantes.
Coccidiose aviária
A Coccidiose é uma doença do trato intestinal (geralmente em pombos), disseminada por todo o mundo. Quase todos os pombos têm coccídeos alojados no intestino delgado. A coccidiose representa uma constante ameaça às criações de aves de produção, assim como também pode afetar a criação de pássaros que vivem em cativeiro tais como Calopsitas, bicudos, curiós, canários, periquitos, etc.
Eimeria e Isospora são as grandes responsáveis por esta protozoose que ao se instalar em uma criação poderá levar grandes perdas, daí a sua importância econômica. Aves mal alimentadas, submetidas a "stress", e aquelas que recebem rações pobres em nutrientes essenciais tais como a vitamina A e proteínas, são mais facilmente vítimas desta doença.
A coccidiose se instala preferencialmente no intestino, porém existe a forma renal que se manifesta em gansos, por exemplo.
A transmissão da doença se dá através de oocistos que são eliminados com as fezes e a urina, e ao contaminar os alimentos, a água, e o meio ambiente, disseminam a coccidiose no plantel.
Ao se instalar na parede do intestino, Eimeria e Isospora causam lesões que serão responsáveis por danos à saúde da ave, ao dificultar a absorção dos nutrientes.
Os sintomas da coccidiose são: penas arrepiadas, sonolência, perda do apetite, diarréia de coloração variando do esbranquiçado ao vermelho (sanguinolenta), fraqueza, palidez na coloração da pele, magreza, problemas na reprodução com aumento na mortalidade dos filhotes etc.
O diagnóstico da doença pode ser feito facilmente através do exame de fezes preferencialmente colhidas durante vários dias e conservadas em MIF ou outro conservador adequado para fezes.
A necropsia das aves mortas pela doença também é outra forma de diagnóstico, permitindo um exame mais detalhado face á gravidade dos danos causados pelo parasita na parede intestinal.
A forma assintomática (ou sub-clínica) é a mais freqüente. Após uma primeira ingestão de pequenas quantidades de oóscistos, os pombos ficam imunes à infecção pela estimulação de mecanismos de defesa internos, sem que se verifiquem sinais visíveis da doença.
Com esta proteção, reforçada pela ingestão constante de pequenas quantidades de oóscistos, as aves vivem em uma espécie de equilíbrio, o que também as protege de doenças intestinais graves.
A forma aguda da doença, com perturbações visíveis, graves e generalizadas. A coccidiose ocorre quando os pombos jovens e ainda não protegidos são infectados pela ingestão de grandes quantidades de oóscistos, ou quando a imunidade dos pombos adultos é reduzida ou diminuída por fatores causadores de stress.
O tratamento é feito através da administração de medicamentos denominados de coccidiostáticos ou coccidicidas adicionados à ração ou à água do bebedouro. A indústria farmacêutica dispõe de vários produtos para prevenir e curar a coccidiose, e amplos estudos vêm sendo realizados nessa área, em face da importância econômica que ela representa. Um dos grandes problemas enfrentados pelos pesquisadores é a grande resistência que Eimeria e Isospora desenvolvem aos medicamentos, transformando este assunto em fascinante motivo de pesquisa.
Forma assintomática: quando existe suspeita de infecção e as aves revelam apenas uma infestação leve, não devem tratar-se para não perturbar o equilíbrio entre hospedeiro/agente patogénico.
Forma aguda: os pombos doentes tratam-se com chevi-kok. Como apoio ao tratamento, administra-se multivitamin EB12, em conjunto com uma dieta alimentar equilibrada. Nota: chevikok pode ser administrado durante a muda.
Infecções virais
O Poliomavírus aviário é um agente comum de morte de bebês Calopsitas, afetando principalmente aqueles entre 2 semanas a 5 meses. Um pássaro adulto infectado pode se mostrar saudável, sem sintomas, senso apenas portador. Mas os filhotes afetados apresentam problemas em quase todos os órgãos, o corpo não é capaz de processar comida, resultando na parada da digestão e morte.
Também apresenta hemorragia sub-cutânea e infecções. Quando um adulto desenvolve sintomas, esses incluem perda de peso, infecções, má-formação das penas e morte por falência renal. Essa doença não tem cura, mas as aves podem ser vacinadas ainda quando bebês. Outro causa a doença da dilatação proventricular, com perda de
peso, sinais gastro-intestinais, neurológicos e morte.
Infecções respiratórias
São comuns principalmente em regiões de baixa umidade. Também causadas por falta de vitamina A. Os sintomas mais comuns são espirros muito freqüentes e secreção amarela ou verde nas narinas. Tratadas com antibióticos, nebulizações, suplementação vitamínica e antifúngicos.
Degeneração hepática
Doença causada por dietas ricas em gorduras e pobres em nutrientes essenciais (biotina, colina e metionina), como se verifica em dietas baseadas em sementes, especialmente girassol. A doença consiste no aumento do conteúdo lipídico sangüíneo e falência hepática. O tratamento consiste em uma dieta balanceada, livre de hepatoxinas.
Deficiências nutricionais
Provenientes de dietas desbalanceadas, a base unicamente de sementes, com alto conteúdo de gordura e falta de proteínas e nutrientes essenciais. Os mais comuns são falta de cálcio e vitamina A. A falta de cálcio leva ao aumento da urina e sede (sinais de problemas nos rins), alem de fraturas (em decorrência de ossos fracos). Deficiência de vitamina A pode causar problemas de pele, digestivos e respiratórios.
Alertas e toxinas
Os Gatos Carregam uma bactéria chamada Pasteurella, inofensiva para eles, mas letal para as Calopsitas e outras aves em geral. O simples contato com saliva, fezes ou comida pode infectar seu pássaro. Se isso ocorrer, trate com peróxido de hidrogênio e aplique pomada antibiótica.
Corra para o veterinário para tratamento assim que puder (o tratamento será feito a base de ampicilina).
Fonte:http://bicharedo.blogspot.com.br